sexta-feira, 25 de março de 2011

Viva a exclusão social!

Helo guys!

Como estão todos? Espero que bem... Passaram bem o Carnaval?
Bem... Eu andei sumida por tanto tempo... Me desculpem... Agora estou cheia de novidades para contar! Bem... Viagei no Carnaval como todos sabem para São Paulo com minha família, o que apesar da chuva, foi bem divertido. Fui ao show da minha diva Tarja Turunen, que por sinal,foi um show simplesmente perfeeeito! Até minha mãe gostou... E agora, de volta a realidade, tive um zilhão de coisas pra fazer. Mas... Levando como posso, cá venho eu atualizar meu filhinho!
No post de hoje, venho falar sobre algo que está me revoltando bastante, permitam-me dizer. São raras as vezes que falo da minha própria deficiência e este post vai ser um desses raros. So let's go?
Antes de qualquer coisa, quero apresentá-los minha antiga escola: Instituto Benjamin Constant, uma escola especializada em deficientes visuais. Funciona tanto como escola quanto centro de apoio e ainda, oferece um sistema de internato para quem precisa. Estudei lá praticamente toda minha vida e só saí por lá não ter o ensino médio.
O caso que está me revoltando é, agora o governo decidiu que fechará o IBC, dando fim ao internato, para que os alunos possam se integrar mais na sociedade, estudando em escolas regulares. Ou ao menos, foi isso que chegou aos meus ouvidos, o que pode muito bem ser um equívoco. Mas eu duvido, sinceramente duvido que o seja.
Então, imaginemos por um instante que não é um equívoco e os alunos realmente serão obrigados a estudar em escolas regulares. Vejamos o que pode vir a acontecer: integrar-se ou não em uma sociedade, depende da pessoa, não da sociedade. Já começa por aí. Deficientes têm medo de preconceito, claro, porém, nem tudo é tão complicado quanto parece. E eu, na condição de deficiente, costumo dizer o seguinte: o mundo foi feito para os perfeitos. Claro que isso é apenas uma frase, deficientes não são mais ou menos imperfeitos que qualquer outra pessoa. Mas afinal, onde quero chegar, vocês se perguntam? O caso é que, independente da deficiência de um indivíduo, ele não pode sentar e cruzar os braços, aguardando que o mundo se adapte a ele. Ele que deve se adaptar ao mundo.
Agora, por que estou dizendo isso tudo? Simples! Considerando a hipótese citada acima, os cegos terão de se adaptar por si só nas escolas regulares e sabem por quê? Porque o governo providencia a inclusão social, mas não prepara os professores e afins para tal coisa. E não pensem que isso é frescura minha, pois eu mesma já vi acontecer. Professores de informática que lecionavam no próprio IBC, não tinham estrutura alguma para nos ensinar, simplesmente porque não lhes fora oferecido um curso. Eu, mera aluna, que ajudei muitos alunos a lidar com um computador.
Agora, não pensem que estou revoltada com o governo por tais atitudes. Ou melhor, estou sim. Mas o que mais me revoltam são os próprios deficientes que, por incrível que pareça, fecham os olhos para essa realidade e como eu disse que não se pode ser feito acima, mas ainda assim o é, cruzam os braços e esperam que o mundo se adapte a eles. Pois,aqui está uma realidade: eu, atualmente, estudo em uma escola regular, onde ninguém jamais viu um cego na vida. No entanto, estou muito bem, obrigada.
Bem guys, é basicamente isso. Não quis conscientizar quem for com esse post, apenas desabafar um pouco.

Até a próxima,
kissessssss!